27/12/2021 às 12h07min - Atualizada em 27/12/2021 às 12h07min

Chuvas chegam com antecedência e mudam paisagem rural no interior da Paraíba

Vista Serrana, Condado e São Bentinho foram as localidades com mais ocorrências no fim de semana

Portal Correio
Cheia no Rio Paraíba (Foto: Reprodução/TV Correio)
Municípios do Sertão e Cariri paraibano registraram grandes volumes de chuvas nesse fim de semana. Vista Serrana, Condado e São Bentinho foram as localidades com mais ocorrências. As precipitações ocorrem antes um pouco antes da temporada oficial de chuvas. Normalmente, as regiões têm entre os meses de janeiro e março o seu período mais chuvoso.

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Moradores dos municípios de Coremas, Lagoa, Catolé do Rocha e São João do Cariri fizeram vídeos das chuvas e compartilharam nas redes sociais. Também foram divulgadas imagens da cheia do Rio Paraíba, no trecho do município de Caraúbas.

Chuvas fortes também foram registradas em Campina Grande. Na madrugada desta segunda-feira (27), parte do muro lateral do Hospital de Clínicas caiu. Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, a estrutura era antiga e não fez parte da reforma realizada em maio do ano passado. Não houve feridos, nem veículos atingidos. As condições da edificação já foram avaliadas pela equipe de engenharia da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o serviço de reparo será feito pela Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan) nos próximos dias.

Previsão

De acordo com a  Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), a previsão para o 1º trimestre de 2022 indica chuvas de normais a acima da média no semiárido (Sertão, Alto Sertão, Cariri e Curimataú).

Conforme a Aesa, espera-se que chova 600,4 milímetros no Alto Sertão, quando a média histórica é de 480,3 mm. No Sertão, a expectativa é para 482 milímetros, cerca de 25% a mais que a média história (385,6 mm). Já o Cariri/Curimataú, cuja média histórica é de 204 milímetros, deve registrar pluviometria de 255 mm.

Litoral, Brejo e Agreste estarão fora do seu período mais chuvoso, que vai de abril a julho, e devem manter seus valores históricos: 354 mm, 276,1 mm e 198 mm, respectivamente.

O relatório de análise e previsão climática da Aesa aponta a atuação do fenômeno La Niña, bem como anomalias na temperatura da superfície do mar, combinação que pode interferir na ocorrência de chuvas.

“O semiárido nordestino tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal dos índices pluviométricos. Com isto, a ocorrência das chuvas ficará altamente dependente da formação de fenômenos meteorológicos transientes, os quais poderão influenciar quantitativamente na ocorrência das chuvas”, constatou a Aesa.

A Agência vai atuar no monitoramento contínuo das condições oceânicas e atmosféricas globais para atualizar as previsões ao longo das semanas.

Maiores precipitações no fim de semana

 
  • Vista Serrana: 125 milímetros
  • Condado: 96 milímetros
  • São Bentinho: 91,5 milímetros
  • Cajazeirinhas: 91,5 milímetros
  • Bernardino Batista: 79,3 milímetros
  • Tavares: 79 milímetros
  • Princesa Isabel: 70,5 milímetros
  • Parari: 70,1 milímetros
  • São Mamede: 67,2 milímetros
  • São José do Bonfim: 66 milímetros


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