04/07/2022 às 17h54min - Atualizada em 05/07/2022 às 00h00min

RHOPEN repercute o aumento de demissões voluntárias no Brasil e a resistência de rever modelos de trabalho

• Equilíbrio entre trabalho e vida profissional, mais produtividade e melhora da saúde emocional são os três fatores que mais levam colaboradores a demandarem flexibilidade no trabalho

SALA DA NOTÍCIA Elisa Polonio
Divulgação
O Brasil registrou 6,175 milhões de pedidos de demissão entre maio de 2021 e maio de 2022, de acordo com o levantamento mais recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Trata-se de um recorde em meio ao desemprego alto e à dificuldade dos trabalhadores em se recolocarem no mercado de trabalho. Esse montante de pedidos de desligamento equivale a 33% do total de demissões de trabalhadores no período, que foi de 18,694 milhões. Isso significa que, nesses 12 meses, 1 em cada 3 desligamentos foi voluntário.

De acordo com os responsáveis pela pesquisa, muitas empresas estão voltando para o trabalho presencial. Com isso, para os colaboradores que sentiram uma melhoria na qualidade de vida e redução de gastos durante o home office ou mesmo no formato híbrido, essa volta ao ambiente de trabalho 100% presencial acaba pesando na decisão do profissional, especialmente em áreas cujo serviço pode ser realizado de forma remota. Segundo os especialistas, os custos e o tempo dispendido com transporte, além dos gastos com alimentação pesam de forma significativa na rejeição ao formato presencial.

Segundo a CEO da RHOPEN, Cátia Horsts, companhias que contam com formatos mais tradicionais de trabalho são as mais resistentes a esse tipo de mudança. “Mesmo com receios e inseguranças, é hora das lideranças experimentarem os tipos de modelos flexíveis mais ajustados às suas culturas. Seja 100% home office, híbrido em determinado dias da semana, rodízios de equipe, ou o que as lideranças definirem junto ao RH ser mais adequado à realidade da companhia, é fundamental que deem uma chance a essa dinâmica”, declara.

A executiva ressalta que o hábito trazido pelo cenário da pandemia mudou para sempre a percepção dos colaboradores. Por conta disso, insistir no retorno ao modelo anterior pode significar um êxodo irreversível de talentos. “Falando de forma mais simples: esse barco já partiu, e não irá voltar ao mesmo porto cinco dias por semana. Da mesma forma, forçar o colaborador a navegar pelos mesmos mares de antes significa fatalmente perder talentos, o que a atual onda de demissões voluntárias reflete há meses em todo o mundo e passou a demonstrar recentemente no Brasil”, alerta Cátia.  

Saúde emocional e mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional – pesquisa realizada pela rede social LinkedIn reforça as tendências exibidas no estudo do CAGED. Ela mostra que 78% dos profissionais afirmam que a pandemia demandou mais flexibilidade no trabalho. Cerca de 30% desses entrevistados ainda declaram que, no último ano, deixaram seus antigos empregos por causa da ausência de políticas flexíveis neles.

“Segundo esse estudo, os três principais motivos que levam as pessoas a buscarem mais flexibilidade no trabalho são, nessa ordem: equilíbrio entre trabalho e vida profissional, mais produtividade e melhora da saúde emocional.  É incontestável: as lideranças precisam rever com urgência seus formatos de trabalho. O ‘novo normal’ não existe, uma vez que passamos a viver em um mundo novo. E, nele, simplesmente não há mais lugar para uma série de dinâmicas de antes. O trabalho presencial que pode ser feito de forma remota, executado no escritório cinco dias por semana, é um deles”, finaliza a executiva.
 


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