21/12/2022 às 15h55min - Atualizada em 21/12/2022 às 15h55min

Presidente da Famup critica PEC aprovada pelo Senado e diz que pagamento do piso da Enfermagem precisa de viabilidade

Como acompanhou o ClickPB, o gestor defende outra aprovação a PEC 25/22.

Click PB
O piso da enfermagem, aprovado em 2022, vai gerar despesa de R$ 10,5 bilhões por ano para os municípios. (Foto: Reprodução)
A Prefeitura de Santa Rita gastará R$ 370 mil com a contratação do show de João Gomes para a festa de Natal no município. O cantor de piseiro se apresentará nesta quinta-feira (22), na Praça do Povo. O valor é maior do que o previsto pelo portal ClickPB quando noticiou a realização da festa que deve custar mais de meio milhão de reais, já que outras atrações musicais também foram anunciadas. Somente a banda Calcinha Preta, outra atração anunciada, tem cachê em torno de R$ 170 mil.

A Prefeitura de Santa Rita, na região metropolitana de João Pessoa, confirmou nas redes sociais a realização da festa de Natal do município com vários shows, conforme já havia adiantado o ClickPB. Entre as atrações estão o cantor João Gomes e a banda Calcinha Preta. A festa também terá cantores religiosos. Serão três dias de shows em Santa Rita, em 22, 23 e 29 de dezembro.

De acordo com a Prefeitura de Santa Rita, haverá shows de João Gomes, Calcinha Preta, Padre Nilson Nunes, Ruan Forrozeiro, Thaysinha, Forró da Live, Padre Puan Ramos e Belo Safadão. A entrada para o evento será 1kg de alimento, revertido em ações sociais, segundo anunciou o prefeito Emerson Panta.

O ClickPB mostrou, no dia 30 de novembro, que a previsão é que os shows podem custar no mínimo R$ 530 mil aos cofres públicos. Isso porque somente o show de Calcinha Preta custa em torno de R$ 170 mil, conforme contratação feita em junho deste ano para o São João de Santa Rita. João Gomes, por sua vez, já teve show contratado por R$ 360 mil, em Pernambuco. SomO presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho, disse que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição  (PEC) 42/2022 no Senado - que direciona recursos do superávit financeiro de fundos públicos e do Fundo Social para financiar o piso salarial nacional da enfermagem no setor público, nas entidades filantrópicas e de prestadores de serviços, não deixa claro de quanto será a complementação financeira da União para estados e municípios.

"Incertezas ficam no ar sobre de onde será tirado o valor a ser pago a esses profissionais", destacou em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quarta-feira (21), analisando ainda que "o Congresso aprovou nas carreiras que diz que a União faça as transferências para recomposição do pagamento do Piso da Enfermagem, mas não diz a fonte de onde será tirado o dinheiro e não diz como o governo irá pagar e, de novo joga para a galera", criticou.

Como acompanhou o ClickPB, o gestor defende outra aprovação a PEC 25/22. "Essa defende a proposta, uma construção do movimento municipalista, adicional 1,5%  no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a ser entregue no mês de março de cada ano, como forma de mitigar a crescente pressão fiscal enfrentada pelos municípios do Brasil, em especial o Piso Nacional da Enfermagem", explicou.

O piso da enfermagem, aprovado em 2022, vai gerar despesa de R$ 10,5 bilhões por ano para os municípios. Para George, o cenário ainda é muito incerto quanto ao pagamento do piso nacional da enfermagem. “Infelizmente os municípios não têm como arcar com essa conta, apesar de acharmos o aumento mais que justo para esses profissionais tão importantes e fundamentais na garantia de uma saúde pública de qualidade. Continuaremos lutando para que o Congresso e o Governo Federal se sensibilizem para que possamos garantir esse novo piso”, disse.-se a isso que há outras seis atrações anunciadas pelo prefeito, o que deve inflar ainda mais a conta dessa festança.


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