24/03/2024 às 21h11min - Atualizada em 24/03/2024 às 21h11min

Após matar Marielle e Anderson, Ronnie e Élcio foram assistir ao jogo do Flamengo em barzinho

Extra
Ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos desde 2019 — Foto: Pablo Jacob e Alexandre Cassiano / Arquivo / Agência O Globo
Pouco após o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram a um bar na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, para assistir ao jogo entre Flamengo e Emelec, que era transmitido naquela noite.

Segundo o relatório feito pela Polícia Federal, os dois, após o crime, fugiram para a casa da mãe de Lessa, que também fica na Barra. De lá, com a ajuda de Denis Lessa, irmão de Ronnie, pediram um táxi até o condomínio Vivendas da Barra, de onde pegaram o carro de Ronnie até um bar na Avenida Olegário Maciel. No estabelecimento, encontraram com ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, preso em julho do ano passado. O roteiro da fuga foi confessado por Queiroz em sua delação premiada.

Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie, acusado de ser um dos autores do assassinato. Suel também teria ajudado a jogar o armamento usado no crime no mar.

Operação prende mandantes

Foram presos nesta manhã Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, suspeitos de serem os mandantes do crime, além de Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio e que teria atuado para protegê-los. Equipes cumprem mandados de prisão contra os três alvos. A Polícia Federal cumpre ainda 12 mandados de busca e apreensão contra os supostos mandantes dos homicídios. Investigadores estão nas sedes da Polícia Civil do Rio, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da Câmara dos Deputados, em Brasília. Segundo a GloboNews, Giniton Lages e o comissário de polícia Marco Antonio de Barros Pinto foram afastados de seus cargos por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os nomes dos suspeitos de serem os mandantes foram apontados na delação do ex-PM Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos. O fato de um deles ter mandato de deputado federal teria tornado necessário que a delação fosse enviada para o Supremo Tribunal Federal, onde foi homologada na última terça-feira.

Marielle foi executada em 14 de março de 2018, aos 38 anos, ao ser atingida por quatro disparos no rosto. Ao deixar a Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, no Centro do Rio. Ao passar pelo bairro Estácio, na região central da cidade, o carro em que estava foi alvo de tiros disparados por um veículo que emparelhou. A vereadora e o motorista Anderson morreram ao serem atingidos. A assessora da parlamentar, Fernanda Chaves, é a única sobrevivente.


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