22/03/2022 às 13h13min - Atualizada em 22/03/2022 às 13h13min

Campina Grande fica entre 20 cidades com melhores índices de saneamento básico no Brasil

João Pessoa ficou em 36º lugar no ranking divulgado pelo Instituto Trata Brasil

Portal Correio
Apesar de estar em 36º lugar no ranking, João Pessoa recebeu alguns destaques negativos (Foto: Arquivo)
João Pessoa e Campina Grande estão entre os 100 municípios brasileiros com melhores índices de saneamento básico, segundo ranking divulgado nesta terça-feira (22) pelo Instituto Trata Brasil. O relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional no ano de 2020.

Campina Grande ocupa a 16ª posição no ranking. No levantamento anterior, a Rainha da Borborema estava em 22º lugar. Já a capital paraibana manteve a 36ª colocação. Os dois municípios paraibanos aparecem como destaque positivo no trecho do relatório que trata sobre o índice de atendimento urbano de água.

No ranking, não há menções negativas a Campina Grande. Por outro lado, João Pessoa surge na 95ª do indicador de investimentos totais por arrecadação e é destaque negativo também quando o assunto é investimentos anuais por habitante: o patamar nacional médio foi de R$ 113,30, enquanto que o observado na capital paraibana foi R$ 26,36, um dos mais baixos do Brasil.

Problemas nacionais

Os problemas que envolvem a questão do saneamento básico seguem presentes na vida dos brasileiros, com quase 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada e falta de coleta de esgoto para 100 milhões. Os dados tratam a questão como fator determinante para a hospitalização de centenas de brasileiros por doenças de veiculação hídrica.

O relato mostra que somente metade (50%) do volume de esgoto gerado no Brasil passa por tratamento, o que representa o despejo de 5.300 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza todos os dias.

De acordo com o estudo, o investimento de R$ 13,7 bilhões destinado ao tratamento do esgoto no Brasil “é insuficiente para que sejam cumpridas as metas do Novo Marco Legal do Saneamento”, sancionado em 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro.

Entre as 100 cidades analisadas para a realização do estudo, a disponibilidade do acesso à água tratada chega a 94,38% da população, percentual maior do que a média nacional, de 84,13%. O destaque negativo fica por conta da cidade de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, onde somente 32,87% dos moradores recebem água tratada em seus domicílios.

Já no quesito coleta de esgoto, enquanto a média nacional é de 54,95% da população com esse serviço em seus lares, as localidades pesquisadas contam com uma média de 75,69%, sendo Piracicaba (SP) e Bauru (SP) as duas únicas cidades entre as analisadas com 100% do esgoto coletado.

“Outros 34 municípios têm índice de coleta superior ou igual a 90% e, portanto, podem também ser considerados universalizados de acordo com a legislação”, relata o relatório do Trata Brasil. O município de Santarém (PA), por sua vez, conta com apenas 4,14% da população atendida com serviço de coleta de esgoto, o menor índice de toda a amostra.

Na análise regional, o relatório mostra que os municípios situados nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais seguem na liderança de melhores acessos ao saneamento básico. Por outro lado, entre os 20 piores sempre estão municípios da região Norte, alguns do Nordeste e do Rio de Janeiro.


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